Já faz algum tempo que o profissional de Contabilidade não é mais o mero calculista das contas a pagar e a receber de uma empresa, transformando-se no analista das decisões que determinam o futuro de um empreendimento.
A automatização de processos fez com que o trabalho meramente burocrático ficasse para os computadores e o Contabilista passou a desenvolver o processo analítico, desenhando a economia fiscal, colaborando diretamente com a expansão dos negócios de uma companhia de forma geral.
Essa evolução aconteceu é verdade, de maneira lenta, mas se expandiu vertiginosamente a partir dos avanços da tecnologia que permitiram a digitalização de dados, que ganhou força na década de 1970.
A Contabilidade evoluiu com a economia do País
Trata-se de uma longa história que começou ainda no Brasil colonial, quando em 1549, por decisão da coroa portuguesa foram criados os cargos de Contador Geral e Guarda-livros.
A primeira regulamentação da profissão contábil em terras brasileiras aconteceu também por decisão de um rei de Portugal, Dom José I, que estabeleceu em 1770, a necessidade de matrícula de todos os Guarda-livros na Junta do Comércio, em anotações específicas, ficando claro que a não inclusão do profissional no referido livro, o impediria de realizar legalmente escriturações, contas ou laudos.
A lei proibia que os escritórios das casas de negócios contratassem Guarda – livros sem matrícula e ainda exigia que na Contadoria Pública só fossem aceitos profissionais que tivessem cursado as aulas de comércio.
Outra regulamentação contábil importante aconteceu já com o Brasil independente. Cem anos depois, ou seja, em 1870, se dá o reconhecimento oficial pelo Império, da Associação dos Guarda-livros da Corte, pelo Decreto nº 4. 475. Este decreto representou um marco, ao caracterizar o Guarda-livros como a primeira profissão liberal regulamentada do País.
A primeira escola de Contabilidade no Brasil surgiu no século 20, em São Paulo, sob a forma de Escola de Comércio. Ainda viva e atuante, a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, nascida em 1902, segue firme em seu propósito de formar profissionais para o setor.
Na sequência, em 1931, os Cursos de Contabilidade em nível superior foram regulamentados fazendo surgir a figura séria e responsável do profissional chamado “Perito Contador”.
Nascem as Entidades representativas da Classe
Outra importante conquista foi a instituição do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo – Sindcont-SP, em 19 de junho de 1919, uma das primeiras instituições do gênero na história do País, o que propiciou o crescimento da estrutura sindical brasileira que seria regulamentada a partir da assinatura da Consolidação das Leis do Trabalho- CLT, em 1943.
Com o desenvolvimento da profissão surgiu a necessidade da criação do Sistema CFC/CRC, composto pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC e pelos 27 Conselhos Regionais de Contabilidade, a partir de 1946, definindo-se assim o perfil da Classe Contábil ao longo dos anos, enquanto que a atividade de Guarda – livros acabou extinta no Brasil a partir de 1958.
Evolução exige novo perfil do Profissional da Contabilidade
O crescimento da tecnologia, especialmente da informática e demais sistemas digitais associados à internet, propiciou à carreira do profissional Contabilista avanços extraordinários. Hoje, em pleno século 21, para o desempenho de suas funções, todo Contador precisa ter também conhecimentos em economia, administração, estatística, direito e tecnologia e, no mínimo, segunda língua.
Aquele que se forma em Ciências Contábeis atualmente acaba adquirindo conhecimentos que podem, com o tempo, ser aplicados em outras áreas, fazendo desses profissionais sérios candidatos aos cargos mais elevados dentro de uma empresa moderna e dinâmica.
Por esta significativa evolução, neste 25 de Abril de 2018, rendemos nossas homenagens a todos os Profissionais da Contabilidade brasileiros, técnicos e bacharéis, que têm muitas razões para comemorar, em especial por ser o esteio do desenvolvimento das empresas e do País.
Fonte: Portal Dedução
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